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Neste dia na história 31 outubro Eventos que ocorreram nesta data.

Android O sistema operacional móvel Android é disponibilizado pelo Google.

Android é um sistema operacional (SO) baseado no núcleo Linux, projetado principalmente para dispositivos eletrônicos móveis (como smartphones e tablets) com tela sensível ao toque ou interface de usuário baseada na manipulação direta; desenvolvido por um consórcio de desenvolvedores conhecido como Open Handset Alliance, sendo o principal colaborador o Google. Possui interface específica para aparelho televisivo (Android TV), carros (Android Auto) e relógios inteligentes (Wear OS). O sistema operacional utiliza-se da tela sensível ao toque para que o usuário possa manipular objetos virtuais, como o teclado virtual. Apesar do foco ser dispositivos com tela sensível ao toque, também é utilizado em consoles de videogames, câmeras digitais, computadores e outros dispositivos eletrônicos.
O Android é o sistema operacional móvel mais utilizado do mundo, e, em 2013, possuía a maior percentagem das vendas mundiais desse tipo de sistema. Dispositivos com o sistema Android vendem mais que eletrônicos com Windows, iOS e MacOS combinados, com vendas em 2012, 2013 e, 2014 perto da base de computadores do mundo. Em 2021, a loja de aplicativos Google Play Store possui mais de 2 milhões de aplicativos disponíveis. Uma pesquisa com programadores entre abril e maio de 2013 informa que 71% destes desenvolviam para o Android. Na conferência anual Google I/O de 2014, a companhia revelou que existem mais de 1 bilhão de usuários Android ativos. Em junho de 2013, este número era de 538 milhões. O maior número de usuários no mundo também reflete no número de ataques de hackers no sistema, com cerca de 5 mil novos malwares sendo criados todos os dias para usuários Android.
O código do sistema operacional é disponibilizado pelo Google sob licença de código aberto, apesar de a maior parte dos dispositivos ser lançada com uma combinação de software livre e software privado. Inicialmente foi desenvolvido pela empresa Android, Inc., a qual o Google ajudou com suporte financeiramente. Foi adquirida pelo Google em 2005 e revelado em 2007 junto com a fundação da Open Handset Alliance — consórcio entre empresas de hardware, software e, telecomunicações com o intuito de desenvolver a indústria de dispositivos móveis.
O Android é muito popular entre empresas de tecnologia que buscam um software pronto, de baixo custo e personalizável para dispositivos de alta tecnologia. A natureza do software de código aberto do sistema operacional tem encorajado uma grande comunidade de programadores e entusiastas a colocar uma fundação para o desenvolvimento de projetos feitos pela própria comunidade que adicionam recursos para usuários mais avançados, ou trazem o Android para dispositivos que inicialmente não foram lançados com a plataforma. O sucesso do SO fez dele um alvo para disputas de patente na chamada "guerra de smartphones" entre empresas de tecnologia. A versão mais recente é o Android 16, lançado em 10 de junho de 2025.
Uma das novas funções do Android 13 é a possibilidade de limitar o acesso de aplicativos à mídias como fotos, vídeos e áudios. Outra característica desse sistema é o Bluetooth Low Energy (LE) que, além de reduzir o delay nas reproduções via Bluetooth, diminui o consumo da bateria em 10%.
Em 2023, o Android 13 esteve presente em 5.2% dos equipamentos Android.

História

Android, Inc. foi fundada em Palo Alto, California em outubro de 2003 por Andy Rubin (cofundador da Danger), Rich Miner (co-fundador da Wildfire Communications, Inc.), Nick Sears (ex-vice-presidente da T-Mobile), e Chris White (encabeçou o projeto de desenvolvimento de design e interface da WebTV) para desenvolver, segundo o Rubin, "dispositivos móveis mais inteligentes que estejam mais cientes das preferências e da localização do seu dono". As primeiras intenções da empresa eram de desenvolver um sistema operacional avançado para câmeras digitais, quando se deram conta de que o mercado destes dispositivos não era grande o suficiente. Desviaram então seus esforços para produzir um sistema operacional móvel para ser rival aos Symbian e Windows Mobile. Apesar daquelas últimas conquistas dos fundadores e primeiros empregados, Android Inc. operou secretamente, revelando somente que estava trabalhando em um software para smartphones. Naquele mesmo ano Andy Rubin ficou financeiramente escasso. Steve Pearlman, amigo íntimo de Rubin, entregou a ele dez mil dólares em um envelope e recusou sua parte na companhia.
O Google adquiriu Android Inc. em 17 de agosto de 2005; funcionários-chave da recém-comprada empresa, incluindo Rubin, Miner e White, continuaram na companhia após a aquisição. Pouco se sabia sobre a Android Inc. naquele momento, mas muitos especularam que o Google estava planejando entrar no mercado de dispositivos móveis com essa jogada. Dentro do Google, o grupo liderado por Rubin desenvolveu um sistema operacional móvel tendo com base o Kernel Linux. A empresa comercializou o Android persuadindo empresas fabricantes de celular e operadoras com a promessa de prover um sistema flexível e atualizável. O Google firmou parcerias com empresas fabricantes de hardware, software e operadores de telefonia móvel e reafirmou que estaria aberta a mútuas cooperações.
A especulação sobre a intenção do Google de entrar no mercado de dispositivos móveis continuou até dezembro de 2006. Um protótipo inicial de codinome "Sooner" tinha um aspecto parecido com um telefone BlackBerry, sem touchscreen e um teclado físico QWERTY, mas foi redesenhado para suportar visores touchscreen para competir com outros dispositivos recém-anunciados como o LG Prada (2006) e o iPhone da Apple (2007). Em setembro de 2007, InformationWeek, revista digital americana, cobriu um estudo da EvalueServe que revelava diversas patentes feitas pelo Google na área de tecnologia móvel.

Em 5 de novembro de 2007 a Open Handset Alliance, consórcio de tecnologia entre empresas do ramo, incluindo Google, fabricantes de telefones como HTC, Sony e Samsung, operadoras de telefonia como Sprint Nextel e T-Mobile e fabricantes de chipsets como Qualcomm e a Texas Instruments se revelaram com o objetivo de criar uma plataforma de padrão aberto para dispositivos móveis. Naquele dia o Android foi revelado como seu primeiro produto: uma plataforma móvel construída no Kernel Linux de versão 2.6.25. O primeiro smartphone disponível comercialmente rodando o Android foi o HTC Dream, lançado em 22 de outubro de 2008.

Em 2010 o Google apresentou sua série de dispositivos Nexus — uma linha de smartphones e tablets rodando o sistema Android e sendo fabricado por empresas parceiras. HTC colaborou com o Google para lançar o primeiro smartphone Nexus, (atualmente Pixel) o Nexus One. Desde então o Google tem atualizado sua linha com novos dispositivos como, por exemplo, o Nexus 5, feito pela LG e o Nexus 7, feito pela Asus. O Google tem como objetivo através dos lançamentos Nexus mostrar as últimas atualizações de software e hardware do Android, sendo estes dispositivos tidos como carros-chefes do Android. No dia 13 de março de 2013, Larry Page, CEO e fundador do Google, anunciou em um post no seu blog que Andy Rubin foi realocado dentro do Google, saindo portanto da divisão do Android. Ele foi substituído por Sundar Pichai, o qual também continua com seu papel como chefe da divisão Chrome do Google, a qual desenvolve o Chrome OS.
Desde 2008 o Android tem recebido inúmeras atualizações que incrementaram substancialmente o sistema, adicionando novas funcionalidades e consertando erros de versões anteriores. A cada grande atualização o codinome do sistema muda, em ordem alfabética, entre nomes de doces.
De 2010 até 2013 Hugo Barra, brasileiro funcionário do Google, foi o porta-voz oficial do grupo de programadores do Android, representando o Android nas conferências de imprensa e na Google I/O, evento do Google para programadores. O envolvimento de Hugo Barra no desenvolvimento do Android inclui e abrange todo o ecossistema do sistema operacional. Hugo Barra saiu do grupo de desenvolvimento do Android para trabalhar na fabricante de smartphones chinesa Xiaomi.

Características

Interface

A interface padrão do usuário no Android é baseada na manipulação direta. A resposta para a manipulação é desenhada para ser imediata e produzir uma sensação de fluidez, utilizando-se constantemente da resposta háptica para informar o usuário sobre a conclusão do comando. Hardwares internos como acelerômetros, giroscópios e sensores de proximidade são utilizados por alguns aplicativos para responder à ações adicionais do usuário, como por exemplo a mudança da orientação da tela de retrato para paisagem, dependendo de como o dispositivo é segurado ou o controle de jogos automotivos somente pela rotação do smartphone, como se fosse um volante de carro.
Dispositivos Android são direcionados à tela inicial ou homescreen assim que são ligados. Lá se encontra a navegação primária e principal do sistema, a qual é similar ao conceito de desktop utilizado em computadores. São tipicamente compostas por ícones de aplicativos instalados e widgets. Os ícones, quando selecionados, direcionam o usuário ao aplicativo correspondente, enquanto o widget mostra na própria tela inicial as informações, atualizando constantemente seu conteúdo, como previsão do tempo, emails não lidos ou notícias. A tela inicial pode ser composta de várias páginas, as quais o usuário por ir para frente ou para trás, sendo ela também altamente customizável, permitindo o usuário ajustar o design de acordo com preferências pessoais. Aplicativos de terceiros disponíveis na loja Google Play ou em outras lojas virtuais podem remodelar extensivamente a tela inicial do Android, e até mesmo imitar a tela inicial de outros sistemas operacionais como Windows Phone e iOS. A maioria das fabricantes e algumas operadoras de telefonia customizam o visual do sistema para se destacar de seus concorrentes.
Presente no topo da tela está a status bar ou barra de status, a qual mostra informações sobre o dispositivo e sua conectividade. Esta barra pode ser puxada para baixo para mostrar a tela de notificações onde aplicativos mostram importantes informações ou atualizações, como um novo email ou um novo SMS, enquanto não atrapalha a atividade que o usuário esteja fazendo no momento. As notificações são persistentes e não saem da tela de notificações a não ser que o usuário leia, clicando na notificação, ou a dispense, deslizando-a para o lado. A partir do Android 4.1, as notificações passaram a poder ser expandidas, mostrando mais informações ou podendo ter alguma interatividade, como por exemplo um player de música pode exibir suas funções de voltar, pausar e avançar na música, enquanto uma notificação de chamada perdida pode mostrar a opção de retornar a ligação.
O Android possui também a possibilidade de rodar aplicativos que mudam o iniciador padrão. Essas mudanças incluem colocar várias páginas no dock ou retirar o mesmo, e outras muitas mudanças que atingem diretamente a experiência do usuário com o sistema.

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